Quais os desafios dos FIPs no Brasil?

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No dia dois de fevereiro, Funcef, Petros e Previ realizaram o seminário “Desafios e perspectivas para os FIPs no Brasil”, em que foi promovido o debate sobre a necessidade de aprimoramento na governança e na legislação dos Fundos de Investimentos em Participações.

Os FIPs são compostos essencialmente por fundos de private equity, que visam captar recursos para o desenvolvimento de empresas promissoras, com potencial de crescimento e geração de valor aos acionistas no longo prazo. Como explica Gueitiro Genso, presidente da Previ: “Em um cenário em que as curvas de juros dos títulos públicos de longo prazo estão em queda, os FIPs se tornam uma alternativa importante para nós, investidores institucionais. Mas, é necessário aprimorar o uso do instrumento, melhorar a governança e a regulação desse tipo de ativo e estimular o debate sobre o segmento, como estamos fazendo neste seminário”.

Gueitiro abriu o evento falando sobre a importância da missão da Previ, que é pagar benefícios de forma eficiente, segura e sustentável: “Nós, os dirigentes, recebemos o mandato dos investidores, que em nosso caso são os participantes. Como todo administrador que é designado para administrar recursos de terceiros, temos muita responsabilidade. O nosso investidor não é um investidor qualquer, é alguém que tem a expectativa de receber o benefício da aposentadoria, o que torna a nossa responsabilidade ainda maior. Esse é o alvo mais nobre da nossa missão. Para isso, gerenciamos diariamente o tripé risco, retorno e liquidez”, disse.

Os painéis apresentados no Seminário debateram o passado, presente e futuro dos FIPs no Brasil, com temas como “Experiências concretas e perspectivas dos fundos de pensão”, “Práticas internacionais em investimentos líquidos”, “Gestores, Administradores e Custodiantes: responsabilidades e desafios” e “Legislação: ampliando as oportunidades de investimentos em FIPs”. A partir da contribuição de visões de importantes agentes, tanto do setor de previdência complementar quanto do mercado financeiro, foi possível promover uma discussão em torno de aprimoramento e ajustes na estrutura, governança e arcabouço jurídico dos Investimentos Estruturados no país.

O presidente da Amec, Mauro Rodrigues da Cunha, foi o moderador do primeiro painel do evento. Em suas colocações, defendeu que a reforma nos FIPs seja feita de forma integrada a outras reformas regulatórias para que possamos construir um sistema coerente de regulação, envolvendo os demais fundos de investimento, as ofertas públicas e a regulamentação dos fundos de pensão.

 

Mauro Rodrigues da Cunha, presidente da Amec, participou do evento “Desafios e perspectivas para os FIPs no Brasil”