CVM determina data limite para divulgação de dados sobre remuneração

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Desde 25 de junho, todas as companhias devem estar em dia com a divulgação completa dos dados sobre a remuneração de seus administradores, inclusive os valores máximo, médio e mínimo pagos a conselheiros e diretores – previstos no item 13.11 do formulário de referência. A determinação consta do Ofício Circular 04/2018, emitido pela superintendência de relações com empresas (SEP) da CVM. A determinação é resultado da decisão da 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 2ª região que, no fim de maio, reformou a decisão que dava respaldo à divulgação parcial dos dados.

O fim do imbróglio, que se arrastava na Justiça desde 2010, permitiu ao mercado ver que doze das 25 companhias com maior remuneração estavam protegidas por uma decisão judicial revertida no início de maio e agora passaram a entregar os valores máximo, médio e mínimo pago aos seus administradores. “Estas empresas gastaram mais de R$ 10 milhões com um único executivo em 2017, sendo que onze pagaram mais de R$ 20 milhões”, mostrou levantamento feito pelo Valor Econômico. Entre os valores mais alto estão Vale (R$ 58,5 milhões) e GPA (R$ 49,7 milhões). No setor financeiro, Itaú (40,9 milhões) e Santander (R4 29,9 milhões) figuraram entre as maiores remunerações.

A Oi, apesar de estar em recuperação judicial, foi a empresa do setor de telecomunicações que desembolsou as melhores remunerações para seus executivos em 2017. Seu diretor mais bem pago recebeu R$ 15,5 milhões no ano passado, cifra quase 50% superior à paga em 2016. Na Vale, a saída de Murilo Ferreira do posto de presidente da mineradora – em maio de 2017 o executivo foi substituído por Fabio Schvartsman – custou R$ 58,5 milhões.

 Leia o ofício circular.